Clubes de Mossoró na espera.

A chegada de um novo ano sempre renova as esperanças de dias melhores para todas as pessoas. Porém, nem todo mundo tem motivo para comemorar a chegada de 2010. Os diretores de Baraúnas e Potiguar estão entre aqueles que atravessam o ano com muita preocupação.

É que até o momento nenhum dos times conseguiu aporte financeiro para garantir o pagamento de suas contas no próximo ano. No máximo, tudo que se conseguiu até agora foram pequenas parcerias para garantir o fornecimento de água, gelo ou coisas desse porte. Os presidentes de Potiguar, Benjamin Machado, e do Baraúnas, João Dehon, ainda correm atrás de patrocínios que viabilizam o futebol profissional dos times.

Uma das últimas esperanças recai sobre a empresa Porcelanatti (Itagrês), fabricante de revestimentos cerâmicos, e que está se instalando em Mossoró. Os primeiros contatos já foram feitos, intermediados pela Prefeitura de Mossoró, e os dirigentes aguardam um posicionamento da empresa, que tem sede em Santa Catarina.

Benjamin Machado informou que na semana passada esteve reunido com o representante local da Itagrês, que ficou de apresentar a proposta em Santa Catarina. No entanto, até ontem não havia uma resposta.

O patrocínio seria para os dois times e ainda não tem um valor definido.
Um dos obstáculos para que o negócio se concretize é a falta de dinheiro nos cofres da Itagrês em Mossoró, já que a empresa ainda não está funcionando comercialmente, apenas para testes. "O representante da empresa já nos explicou que mesmo que o patrocínio seja fechado, o pagamento só será feito quando houver fluxo de caixa em Mossoró", informou Benjamin.

O presidente do Time Macho disse ainda que vai tentar vender uma cota da TV para a Prefeitura de Mossoró. Seria uma forma do poder público amenizar um pouco a situação financeira do time que ficou inviável com o fim da parceria com a Prefeitura.

Se nada disso der certo, o Potiguar vai para 2010 com inviabilidade financeira, conforme afirmou Benjamin Machado, que acrescentou que está trabalhando no peito e na raça.
O Baraúnas está no mesmo patamar financeiro do Potiguar, ou seja, em situação complicada. A reportagem tentou falar com o presidente João Dehon, mas o celular dele se encontrava desligado.